Gainza, M. (2011). Espinosa: uma filosofia materialista do infinito positivo, Edusp

A leitura que Hegel fez da ontologia espinosana teve uma influência maiúscula em gerações inteiras de leitores, que leram Espinosa a partir da representação hegeliana de suas supostas virtudes e defeitos. A conseqüência  mais evidente da força que teve essa interpretação foi a difundida tendência a classificar Espinosa como um filósofo idealista. E isso, por sua vez, derivou em que importantes expoentes do pensamento crítico do século XX ignorassem seus aportes, por julgá-lo parte de uma tradição alheia às aspirações de emancipação com as quais se identificaram diversas filosofias logo da fundação teórica que a obra de Marx significou. Questionando essa tendência classificatória, e procurando indagar as potencialidades de uma leitura contemporânea de Espinosa em relação com uma perspectiva definida, de maneira ampla, como “materialista”, o livro nterroga criticamente as possibilidades de um diálogo entre espinosismo e pensamento dialético, reconstruindo a concepção espinosana do infinito positivo. Qual é a forma mais apropriada de pensar a determinação no interior de uma totalidade infinita? Essa pergunta orienta à autora através da trama de um debate, cujos protagonistas são tanto Espinosa e Hegel, quanto diversos autores clássicos e contemporâneos (Bayle, Leibniz, Deleuze, Althusser, Lebrun, Negri).

 

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